Anfiteatro em Dois Atos • 2000

madeira pintada, espelho, miniaturas de chumbo
escala 1:87  


"Estas maquetes, que guardam uma certa profundidade surrealista, apontam para uma intercessão da arquitetura e da paisagem, como um objeto que propõe uma vivência imaginária dentro de si mesmo: Anfiteatro em dois atos – onde a noção de obra é intervinda, ao ponto da maquete ser feita para uma representação que se espelha na vida comum. A obra no Anfiteatro em dois atos é o público, nós, o espaço habitado e refletido no espelho. No intermezzo entre a realidade e sua leitura, entre o objeto e sua significação, encontra-se uma latência temporal. E nós fazemos parte, sempre, desta paisagem intervinda, criada, de forma dupla: nos colocamos por dentro e por fora. As maquetes de Eduardo Coimbra são fronteiriças, nos mostram essa possibilidade de habitá-las e vê-las, de forma cúmplice." (Adolfo Montejo Navas)